O empresário e jornalista Alex Braga foi alvo, na manhã desta quarta-feira, 23, de um mandado de busca e apreensão na investigação que apura crime de estupro. O mandado foi cumprido na residência de Braga, em Manaus (AM), mas ele não foi localizado até o momento.
Além de estupro, o jornalista também é investigado por violência psicológica, ameaça e perseguição contra a prima de sua ex-mulher. A delegada titular da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher, Patrícia Leão, pediu à Justiça a prisão preventiva do jornalista.
Após o pedido de prisão preventiva, a Justiça determinou que Alex Braga utilize tornozeleira eletrônica, mas o empresário não se apresentou em juízo e é considerado foragido.
Denúncia
A vítima relatou à polícia que os crimes ocorreram em março de 2023. Segundo a denúncia, Alex Braga a ameaçou com uma arma e abusou sexualmente dela, que também era babá de seu filho. A vítima estava na casa de Braga ajudando a então esposa de Alex no pós-parto.
“(…) No momento em que dormia foi surpreendida pelo marido de sua prima, o nacional Alex Braga Mendes, ordenando que abrisse a porta. Ao ver o que estava acontecendo, viu que o autor estava de cuecas, demonstrando entorpecimento. De posse de uma arma de fogo estuprou a vítima“, declarou a delegada no pedido.
Na denúncia consta, ainda, que o jornalista ameaçou a vítima, forçando ela a realizar um aborto. Ele ofereceu R$ 50 mil para que ela não registrasse denúncia sobre o caso, de acordo com a vítima. Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na época do crime, mas apenas recentemente a mulher decidiu dar continuidade à denúncia.
“(…) logo após se viu grávida do autor, o qual foi informado da gravidez tendo oferecido à vítima pílulas da medicação Cytotec, e mesmo não querendo usar a medicação, a vítima afirma que se sentiu intimidade pelo autor a usar, tendo o aborto ocorrido. O autor ofereceu a quantia de R$ 50 mil à vítima para que ficasse quieta, optando esta em não aceitar o valor e voltar à cidade de sua mãe em Jutaí (AM)“, consta no documento ainda.
A mulher voltou ao município de Jutaí (a 750 quilômetros de Manaus), onde morava, mas continuou a ser perseguida e recebeu ligações de pessoas desconhecidas, que questionavam seu paradeiro. De acordo com a delegada Patrícia Leão, a vítima obteve medida protetiva contra Alex Braga, o que não interrompeu a perseguição.
“A época do fato, a vítima registrou Boletim de Ocorrência N° 159545/2023, porém somente deu prosseguimento recentemente porque se sentiu mais fortalecida em denunciar o autor“, complementa.
Posicionamento
Nas redes sociais, Alex Braga declarou que não tinha medo de denúncias falsas. “Eu não temo denúncia fake!! Muito menos de ameaças de abusador de menores, aliciador e estuprador de vulnerável. Me aguarde Rô Rô!”, disse, nos stories.